17/04/18

Notas sobre a Mãe

A mãe que gosta de ter a casa cheia e de cozinhar para muita gente. É o seu modo mais genuíno de amar os outros. É na cozinha que a vemos na sua praia, na sua forma mais fiel a ela própria
A ternura com que recebe toda a gente na mesa para mais uma refeiçao, como isso a faz feliz!
A forma como se envolve na preparaçao da comida, o gosto com que vai aos mercados e à peixaria e conhece as pessoas para garantir que tudo é bom e vem da terra que ela conhece.
A mãe que transforma, que faz dos trapos e de coisas que encontra na rua verdadeiras obras de arte.
A mãe que sonha de noite para fazer de dia.
A mãe que faz anos hoje !




07/03/18

Cortes

E assim foi...
Cheguei ao cabeleireiro convicta que desta vez queria mesmo cortar.
Sem nenhuma hesitação sentei-me e disse, pode cortar! E a cabeleireira  (aquelas danadas que querem sempre cortar mais do que devem ) estranhou a reação e disse que não era preciso assim tanto (estranhei a reação).
Acabamos e, como sempre, olhamos ao espelho e achamos que está muito curto (mesmo quando queríamos que estivesse) controlamos as lágrimas e respondemos um "Está bom" a segurar as lágrimas e o descontentamento.
"É só o primeiro impacto" , "depois habituas-te", "ao menos sei que vai crescer" foi repetindo como se fossem mantras.
Mas o dia passou, as pessoas passaram por mim e ninguém reparou, convenci-me de que não estava assim tão curto, ao ponto de ficar triste, nem tão longo ao ponto de ter aqueles problemas todos.



01/03/18

sobre o cabelo comprido

Sempre quis ter o cabelo comprido e após várias tentativas, muito esforço e resistência (para que ninguém me convencesse a cortá-lo) consegui chegar ao comprimento desejado.

O que acontece é que, no que se trata à minha pessoa, ter cabelo comprido não é de todo a melhor opção e ainda estou a tentar aprender viver com ele, sendo que:

é uma ilusão achar que acordamos com o cabelo perfeito como nos filmes; como não há tempo resolve-se com um rabo-de-cavalo mal amanhado no topo da cabeça;
todos os dias o cabelo vai parar a dentro da sopa enquanto falo efusivamente com quem quer que esteja a almoçar comigo que faz o reparo;
não há orçamento para a quantidade de shampoos e amaciadores que se gastam;
quando vou fechar o casaco das crianças é rara a vez que não fico com o cabelo entalado no zipper;
sou o alvo perfeito na escola para brincar aos cabeleireiros (e é doloroso);
penteio o cabelo de manhã, e à tarde tenho rastas;
é ainda mais desafiante tentar não apanhar piolhos.

Posto isto;

amanhã vou cortá-lo pelos ombros!

com amor,
Beatriz

21/02/18

côco junta-se à equipa

Mais um processo de co-educação, vamos ver se este corre melhor do que o anterior.
Sê bem-vinda à equipa Côco esperemos que sejas feliz e que me ensines sobre tudo aquilo que não sei porque nunca tive um cão*


16/02/18

Um ano

Passou quase um ano depois da última publicação neste blog.
O que mudou desde então? Quase um ano depois, tenho um mestrado terminado, tenho carta e carro, dois objectivos que sentia que estavam a bloquear a minha vida.
Um ano em que levei a tese para todo o lado que ia.  Escrevi-a em todas as bibliotecas de Lisboa, na Madeira, no Alentejo,Copenhaga e Estrasburgo, antes e depois de ir trabalhar.



Uma etapa que terminou e que me deixa pela frente um mundo de possibilidades e tempo para voltar a escrever.










26/03/17

Dias de Chuva

Dias em que a alma acalma e recolhe o coração no quentinho da casa*




A mão que embala o berço

A mão que embala o berço é a mão que governa o mundo. E foram as mãos que me embalaram que anos mais tarde tricotaram o símbolo da resistência, para que eu nunca me esqueça que o lugar da mulher é onde ela quiser.
A verdade é que, as mãos que embalam o berço, são as mãos de mães e mulheres que têm em si o poder de educar para que daqui a alguns anos não seja preciso reivindicar absolutamente nada neste dia.