23/04/15

Queremos ver o Mundo a cores :)

Ontem celebrei o Dia da Terra com as crianças que acompanho.

 Depois de termos ouvido e falado sobre a música da Pocahontas (cores do vento) coloquei tintas de várias cores sobre a mesa e pedi que fizessem árvores. Disse-lhes ainda que podiam pintar as árvores como quisessem.
As crianças do Jardim de Infância (crianças entre os 3 e 6 anos)  pintaram as mais variadas árvores com troncos e copas de várias cores. Algumas árvores nem pareciam as árvores que nós conhecemos, eram árvores ainda mais bonitas, aquelas que só vivem nos sonhos das crianças.

Repeti a actividade com o primeiro ciclo (crianças dos 6 aos 10) e dei exactamente as mesmas instruções.
O resultado?
Árvores quase todas com o tronco castanho (houve discussão porque não havia castanhos para todos) e com a copa verde. Árvores muito parecidas às árvores que nós conhecemos.

Hoje li este artigo do Público e fez-me todo o sentido: http://lifestyle.publico.pt/adolescer/347538_eu-quero-ver-o-mundo-a-cores.

Eu ainda vejo o Mundo a cores e gostava que a escola ensinasse as crianças a vê-lo também ao invés de as ensinarem a ser robôs.
Infelizmente nas nossas escolas (excepto algumas,tenho noção) as artes são mandadas para segundo ou terceiro plano. Gostava que as  escolas fossem sítios onde as crianças pudessem sonhar e pudessem passar esses sonhos para o papel, para a dança, para a música, e, de certa forma, assim torná-los realidade.

Amanhã levarão com uma dose dupla de música de intervenção a ver se os sonhos começam a comandar a vida!

20/04/15

Coisas que encontro nos bolsos


Encontrei estes dois bilhetes no bolso de uma camisa. O que acho mais interessante é aquele que diz O pai dame uma pipoca ao Mimi. Que é como quem diz "Gosto muito de ti",mas esta é a única frase que sei escrever :)

19/04/15

Boa noite cidade*


Como diria o meu professor de Cidades e Desenvolvimento : A "tuktukrização" da cidade de Lisboa (nunca percebi bem o tom com que dizia isto)

16/04/15

Mãe


Hoje a excelentíssima mãe faz anos.
Neste dia lembro-me sempre de uma das histórias que a avó Odete contava sobre a minha pessoa.
Segundo consta era dia de aniversário da mãe e a avó levava-me pela mão para a ginástica. Até que eu parei em frente de uma lojinha e decidi que queria comprar uma cuecas para a mãe. A avó consentiu em financiar e lá entramos. Eu com os meus cinco anos e em pontinhas dos pés para chegar ao balcão, lá fiz o meu pedido à senhora da loja "Queria uma cuecas 100% algodão para a minha mãe se faz favor". (e depois a avó ria-se às gargalhadas durante algum tempo).
Parabéns minha mãe e minha companheira nas aventuras e desventuras desta nossa vida :)

com amor,
BeatrizMãe

Aulas

Por vezes o dia é demasiado comprido, quase sempre. São birras, alegrias, escondidas, fadas dos dentes e apanhadas. Chego ao final do dia e não consigo levantar um dedo. Prolongo-me na conversa  com os colegas, na esperança de adiar o que aí vem: a outra metade do dia (que não é metade, mas parece sempre).
Sem premeditação levanto-me e corro para os transportes. Sento-me no metro e adormeço, quase sempre. E depois engano-me na estação, quase sempre. E vou sempre para a saída dos comboios, mas era a outra que queria.
E na subida final ainda pondero faltar à aula, mas já ali estou e continuo.
Nunca sei qual é a sala, ainda não me oriento nos edifícios e dou grandes voltas. Engulo um folhado para o jantar e chego a correr e desorientada à sala certa.
Sento-me. O professor pergunta por mim, por onde tenho andado, outras vezes ignora a minha chegada tardia (talvez pelo ar de cansaço e o cabelo pegajoso e despenteado, obra das festinhas pequeninas sujas das guloseimas).
São precisos 15 minutos até que o meu corpo pare de tremer por finalmente se ter sentado e o meu cérebro conecta-se com o que o professor está a dizer. E eis que percebo que o tema é participação. Ganho nova energia e sinto que estou no caminho certo. Relembro-me o quanto gosto de aprender quando sinto que tudo isto me vai ajudar a melhorar aquele bocadinho de mundo que está à minha volta.


Bom dia!

Hoje a manhã adivinha-se assim:
Botas de água calçadas, porque já fui ver o Mundo lá fora e chove e faz Sol; Sentada no chão a trabalhar para um movimento que já me ofereceu muito (e agora sabe muito bem, retribuir um pedacinho com aquilo que aprendi fora dele).


11/04/15

Danças e contradanças


Ontem voltei ao sitio onde descobri e dancei pela primeira vez Danças do Mundo. (Aqui)

Num baile simples, no meio de uma praça às escuras...deixei-me levar pela mão de quem, pacientemente, entre os tempos das danças, me fui puxando para os passos certos. Sozinha, naquele dia dei a volta ao mundo numa hora.

Passaram dois anos, desde então. Nunca tive aulas, aprendi a dançar em bailes há sempre alguém disposta a dar uma mãozinha.
Há sempre pessoas que se repetem outras que se aventuram nos primeiros passos, há espaço para todos, Sempre. E é isto que torna estes bailes tão especiais, ninguém fica de fora (a não ser que queira) e se não acertares nos passos, balanceias-te ao som da música que muitas vezes se mistura com o bater do coração. 
É sempre bom voltar aos sítios onde fomos e somos felizes. É ainda melhor partilhar essa felicidade com os nossos amigos numa dança que nos abraça :)






 Semana da Juventude - Junta de Freguesia da Penha de França

05/04/15

Manhãs de Sábado

Gosto de sábados de manhã.
Gosto de mercados cheios de gente, de frutas e de verduras.
Gosto do cheiro das flores misturado com o do mar.
Gosto desta luz e da tranquilidade desta cidade que acorda sem pressas e ganha vida à medida que a manhã avança.

Funchal