A Susana é uma daquelas pessoas que faz com esta cidade emprestada seja menos "emprestada" e mais um "sítio casa". A Susana é quem me põe os pés na terra quando quase já estou a tocar nas nuvens. Que me agarra quando estou mesmo quase a cair. Que me põe o batom e faz o repartido ao lado e diz: "vai" , empurrando-me para fora da minha zona de conforto.
A Susana é um furacão que passa e deixa rasto, que impõe e que repõe a ordem dos meus sentimentos quando a casa onde eles moram está muito desarrumada.
Eu e a Susana temos sempre uma "história," uma sempre pior do que a outra.
Dançamos sempre como se ninguém nos estivesse a ver, rimos como se ninguém nos estivesse a ver, (eu choro) como se ninguém nos estivesse ver e cantamos (ela bem e eu mais desafinada) como se ninguém nos tivesse a ver.
Abrimos a pista e rimos à gargalhada, descemos as ruas da Mouraria abraçadas e ela canta o fado, e eu oiço, a ela e ao Nicola, que no seu português "italianado" também já vai cantando a Bia da Mouraria.
Sei que és do Mundo, mas espero ter-te sempre por perto.~
com amor da tua,
Bea da Mouraria