São linhas simples e descomprometidas que narram as minhas descobertas diárias na cidade que me viu chegar de armas e bagagens. Sentimentos, caras, conversas, olhares, descobertas, tudo o que passa por mim e me faz parar algum tempo, que me faz ficar imóvel enquanto tudo se move ao ritmo estonteante da cidade "Happiness is only real when shared." (Christopher McCandless)
15/12/16
O meu telemóvel não durou um mês
Se é coisa que 2016 me ensinou é a desprender-me dos bens materiais. Despedi-me do meu surface que foi atropelado, roubaram-me o telemóvel no elétrico, e, agora, passado duas semanas, parto o ecrã do telemóvel novinho em folha.
E sei, são só bens materiais, mas gostava de ter desfrutado um pedacinho mais de um telemóvel impecável com o dourado a reluzir.
Universo, caso ainda não tenhas percebido eu já percebi a lição :) o mais importante não são os bens materiais. Chega de testes!
10/12/16
Diários de uma Monitora (sobre os rituais)
Adorava a forma como me preparava para cada uma delas, o dia em que eu e a mãe forrávamos os livros e colávamos cuidadosamente as etiquetas, o meu saco do pão-por-deus, o calendário do advento que antecipava o natal, o embrulhar as prendas ao som do natal dos hospitais, pensar no fato de carnaval,etc
Os rituais que acompanham a natureza e nos embalam em cada estação, fazem-nos aceitar (e festejar) a passagem do tempo e receber em nós todos os dias do ano como um dia único. Acalmam-nos pela sua previsibilidade. Aconteça o que acontecer virá sempre o Natal :)
É por isso, que, este ano, decidi voltar às tradições e tento ao máximo criar, nas nossas rotinas, rituais que nos fazem preparar em conjunto cada estação, cada acontecimento em sintonia com a natureza em especial com as crianças mais pequenas. Rituais esses que nos deixam mais tranquilos e serenos perante o mundo caótico em que vivemos, que não nos tornam tão ansiosos. Que nos fazem parar, preparar ,e, sobretudo esperar (que cada vez é mais difícil nas nossas crianças) pondo todo o nosso amor antes da chegada de qualquer acontecimento, fazendo com que depois vivamos esse momento com mais profundidade e sentido.
Por isso, este ano, esperamos pelo S.Martinho preparando as nossas lanternas, esperamos que o feijão verde e o tomate crescessem na nossa horta e agora pelo natal, decorando a nossa sala devagarinho e respondendo aos desafios do calendário do advento que nos fará ser pessoas pequeninas melhores.
Sabendo que é importante criar tradições e rituais novos, é também importante manter tudo o que eles já trazem de outros anos, de outras professoras e respeitar as dinâmicas já implementadas em cada escola. Esse equilíbrio é necessário, é um balanço entre as nossas expectativas e tudo aquilo que eles já trazem com eles e é aqui que temos de encontrar um equilíbrio.
26/11/16
Cresçam forte,forte,forte!
23/11/16
Imigrarte
Enquanto não percorro o mundo todo é aqui que vou descobrindo pedacinhos dele nos cantinhos escondidos da cidade onde é possível viajar sem sair do mesmo sítio.
19/10/16
Outubro
Sou filha do Outono, e nestes dias que nem chove nem dá sol pedi muito para que não chovesse para que pudesse ter todos os meus amigos à volta do meu bolo de aniversário. No entanto, fica da vez mais difícil reunir, não só a vida levou-os para muito longe, como parece que esta cidade afasta as pessoas. Penso que se o meu aniversário não é suficiente para reuni-los a todos que outro motivo terei?
O importante é focar aqueles que fizeram questão de estar presente. A família, que não me falha nunca, e uma mão cheia de amigos que decidem permanecer, muitas vezes aqueles com quem menos estamos.
E que venham os 25!
com amor,
BC
14/10/16
Estes dias
Mal posso esperar para começar mais um capítulo :)
Decisões
Eu que olho sempre para os dois lados de uma questão, para os lados mais ocultos das pessoas; é aí que me demoro.
Eu que antecipo, ou que deixo até ao fim, ao último minuto, a decisão (que por vezes já está tomada). Porque o difícil de escolher é o que deixamos, mas sem deixar ir não podemos avançar.
E eu demoro, das mais simples (como o que vou fazer para o jantar) às mais complexas que se interpõem no meu caminho. Peso prós e contras e tento ao máximo ter o melhor dos dois.
Mas se é coisa que aprendi com os 24 foi a importância de decidir e sermos fieis à decisão; porque os limbos são interessantes, mas podem ser complicados.
Não sei se um dia conseguirei decidir com mais facilidade, mas este ano percebi a importância de não querer o mundo todo num minuto e de focar as minhas energias ao máximo num só projeto (ainda que por vezes ande a divagar) e quem me ensinou isto foi a minha tese :)
12/10/16
As pessoas da cidade (a Náná)
27/09/16
Setembro
Não sei o que ainda trago em mim desta menina de 17 anos.
Os sonhos que trazia mudaram, mas talvez permaneça ainda a mesma vontade de os concretizar.
24/09/16
Uma escola para todos
Felizmente, sei que algumas escolas e juntas de freguesia já arranjaram soluções,mas sei que algumas ainda não e, infelizmente, neste país nunca se presta muita atenção às minorias. Acompanho com alguma proximidade o drama e a luta que existe no início de cada ano lectivo e sei de casos em que mães tiveram de pedir redução de horário para os conseguir ir buscar baixando consideravelmente o seu ordenado.
Pergunto-me se isto é uma escola para todos? Se é este o modelo que queremos que não olha para a criança como ser individual e que a obriga a formatar-se a um modelo de escola que já não serve à maior parte. Pergunto-me se quando falamos de inclusão é a isto que nos estamos a referir.
Tomo esta luta como minha,porque algures no meu percurso fiz parte da solução e peço aqueles que acham que esta não é a sua luta que pensem numa escola melhor e que pensem que nunca sabemos o que o futuro nos reserva.
A estes pais e mães que saibam que são uns lutadores e que acredito ainda que um dia as nossas escolas serão um sítio melhor verdadeiramente para todos.
Beatriz Camacho
17/08/16
16/08/16
Sobre Juventude
17/07/16
Bom dia
A arrumação do meu quarto é inversamente proporcional à minha criatividade e produtividade.
Pelo andar da carruagem adivinham-se magníficos dias de trabalho :)
16/07/16
Estes dias
Ainda faltam 3 semanas e só peço que de vez em quando me dêm uma trégua à garganta e a ver se no final do mês trago mais para casa do que os piolhos que nos nossos abraços me pegaram.
O meu coração antecipa a saudade de ver sair o primeiro grupo com quem tive uma forte ligação. Mas o amor é assim...deixar partir e ver crescer ao longe.
Beatriz
05/07/16
Estes dias
28/06/16
Diários de uma monitora
Trabalhar com crianças é: sair da escola a correr após um dia de trabalho, chegar ao portão e perceber que me esqueci do Telemovel, voltar atrás, passar no recreio e ver um monte de crianças a correr para me abraçar e a gritar o meu nome como se fosse a primeira vez que Me estivessem a ver no dia*
13/06/16
Santo antonio
Sabes que és mais bairrista, quando são 7h30 e tu sais à rua em pijama para festejar o segundo lugar da Penha de França :).
Cada vez sinto-me mais cidade.
06/06/16
Em Junho a minha casa são as ruas dos bairros lisboetas :)
Adoro o mês de Junho. Foi em Junho que me apaixonei pela cidade de Lisboa, pois vi uma outra cidade, com gente mais alegre, mais disponível e com ruas habitadas.
Foi em Junho que saí, ainda a medo, do meu cantinho e fui descobrir uma cidade que se ponha bonita para receber o melhor de si.
Junho renova-me e traz a antecipação de um Verão que promete.
Já não conheço outra forma de entrar em Junho.. Que venham daí os Santos!
01/06/16
Maio
Pelo meio dei um saltinho a Estrasburgo para descobrir uma Europa jovem cheia de energia.
Aterrei em Lisboa na Selva do Rei Leão para três dias de penteados, maquilhagem e um palco cheio de gente que me encheu o coração.
Nofinal percebi, que ,por pior que seja,só tenho de fazer como o rei leão me ensinou "Hakuna Matata".
Junho, faz o favor de entrar!
28/05/16
Como há tradições que são para manter, todos os anos lá vou eu perder-me nos labirintos do Parque Eduardo VII, mesmo em anos, como este, em que a Primavera tarda em chegar.
É tão bom voltar para casa com um saco cheio de livros que não custaram mais do que aquilo que podia dar. É tão bom antecipar a Felicidade de ler qualquer coisa que não textos científicos a que a tese obriga.
15/05/16
16/04/16
Diários de uma monitora
Foram duas semanas intensas que me fizeram adormecer às 20h de tanto cansaço, sabendo que, no outro dia, esperavam por mim às 8h a saltitar em frente ao portão ainda fechado.
Duas semanas em que dei o melhor de mim, até esforcei-me a desenhar e descobri que, afinal, não sou assim tão má.
Duas semanas em que muitos de vocês puderam descobrir, pela primeira vez, como é acabar o dia a cantar à volta de uma fogueira e (re)descobrir o que é isto de, afinal, sermos um grupo. Descobrir como a escola se transforma num sítio onde podemos correr descalços no recreio e deitar-nos ao sol debaixo da amendoeira, que, já em flor, espalha magia de cada vez que bate o vento.
Espero eu, que, daqui a uns anos, sejam estas as imagens que terão da vossa escola primária. Uma escola de sorrisos e descontração nos fins de tarde que começam a crescer.
Levei-vos a descobrir onde ficam os países no mapa e vocês guiaram-me na descoberta dos gestos pequeninos e de como a vida pode ser bem mais fácil quando descomprometida.
Acabei estas semanas com a certeza de que muitos de vocês aprenderam mais nestes dias do que num mês de aulas. Aprenderam muito mais num dia de brincadeira ao ar livre, entre desafios e passeios, do que numa manhã sentados na vossa secretária na sala de aula.
Nem vocês sabem o que me custa ver-vos voltar tão alinhadinhos e arrumadinhos para dentro das vossas salas enquanto o sol se demora cá fora, voltar a ouvir os vossos lamentos porque ainda não sabem ler. O que me dói entregar-vos às 19h00 aos vossos pais, sabendo que terão ainda de enfrentar uma montanha de fichas para fazer.
Na inquietação destes dias, prometo-vos sempre um fim-de-tarde de "aprender-brincado" enquanto esperamos pelos dias felizes que hão de vir.
Estes dias...
06/04/16
A Bia da Mouraria
Como eu, muitos "imparáveis do Inverno" sambavam à chuva, aproveitando o que de bom a vida tem.
29/02/16
Beatriz
Fazia uma coisa a pensar na outra e por isso deixava um rasto de si por onde passava.
A vida é sempre por um triz, para quem não quer andar com os pés no chão..
Assim era Beatriz.
Dança, menina dança
Não há gente como a gente!
15/01/16
Descubram as diferenças
Lembro-me perfeitamente quando começamos esta tradição de tirar a foto de família no Natal. Mal sabíamos nós que seria o último Natal com a nossa querida avó Odete. A verdade é que o tempo passa, mas fica sempre a certeza que é aqui que encontramos o nosso porto seguro.
11/01/16
3 factos sobre o meu cabelo
2- Passo meses a queixar-me que o meu cabelo está horrível e sem corte. Na semana em que marco cabeleireiro, milagrosamente, passa a estar lindo e brilhante como nunca o vi e fico sempre indecisa se ainda o quero cortar ou não.
3- Convencer-me que quando digo só as pontas NUNCA é só as pontas.
Era só isto!
03/01/16
Regresso às aulas
Espero que este ano seja para nós ainda melhor que o anterior e que consiga que vocês sejam felizes todos os dias.