17/08/16

As coisas com a Beatriz por vezes andam devagarinho (como a Alice da música dos punk d amour). Sempre adorei a viagem antes de chegar ao destino ( lembro me de em pequenina fingir que estava a dormir no carro numa tentativa de prolongá-la), sempre me envolvi muito com o processo antes de chegar ao objetivo, sempre incentivei as minhas crianças a apaixonarem- se pelo caminho. Esta paixão pelo caminho levou-me a percorrer os caminhos de Santiago. Com a minha tese tem sido assim. Já andamos brigadas, já fizemos as pazes, já tivemos sem nos ver muito tempo, agora vemo-nos todos os dias. Não vamos ao ritmo que queria, às vezes adormeço depois de escrever um parágrafo, outras vezes escrevo três páginas num abrir e fechar de olhos. Mas estamos a fazer o nosso caminho e estamos a divertir-nos. Há tempo, silêncio e introspeção a cada passo.
Não sei como será o resultado final, mas só pelo processo já valeu a pena porque é o caminho que nos transforma. E como aprendi no ano passado: "O caminho é a meta".


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