Setembro passou por mim e eu nem dei por ele. Passou e varreu
uma Lisboa solitária soube o sol de Agosto, transformando-a numa outra agitada
e cheia de desafios.
Chegou com um desprendimento que me lançou para um mês em
cheio, deixando para trás quem não quis entrar em força, arrastando comigo
todos aqueles que acabaram de chegar.
Dancei no meio de
desconhecidos no centro de Alfama e rumei sozinha ao “Todos” que me levou, por meio
de sonoridades, ao sonho distante da Índia.
Setembro que trouxe de volta os amigos que estão longe em
longos telefonemas e cartas sem fim. Penso neles e no quanto são importantes
para mim e como cada um, à sua maneira, tem o seu significado especial na minha
vida. Desejo tê-los sempre por perto, porque mesmo que estejam espalhados pelo mundo,consigo senti-los aqui.
Setembro de um Domingo de concertos sentada num sofá no
meio de um claustro de um convento abandonado na Graça. Embalada pela música, expresso a felicidade própria de quem, ao som dos Queen, vai dizendo,
devagarinho, adeus ao Verão.
“It´s a
Kind of Magic”