Ontem celebrei o Dia da Terra com as crianças que acompanho.
Depois de termos ouvido e falado sobre a música da Pocahontas (cores do vento) coloquei tintas de várias cores sobre a mesa e pedi que fizessem árvores. Disse-lhes ainda que podiam pintar as árvores como quisessem.
As crianças do Jardim de Infância (crianças entre os 3 e 6 anos) pintaram as mais variadas árvores com troncos e copas de várias cores. Algumas árvores nem pareciam as árvores que nós conhecemos, eram árvores ainda mais bonitas, aquelas que só vivem nos sonhos das crianças.
Repeti a actividade com o primeiro ciclo (crianças dos 6 aos 10) e dei exactamente as mesmas instruções.
O resultado?
Árvores quase todas com o tronco castanho (houve discussão porque não havia castanhos para todos) e com a copa verde. Árvores muito parecidas às árvores que nós conhecemos.
Hoje li este artigo do Público e fez-me todo o sentido: http://lifestyle.publico.pt/adolescer/347538_eu-quero-ver-o-mundo-a-cores.
Eu ainda vejo o Mundo a cores e gostava que a escola ensinasse as crianças a vê-lo também ao invés de as ensinarem a ser robôs.
Infelizmente nas nossas escolas (excepto algumas,tenho noção) as artes são mandadas para segundo ou terceiro plano. Gostava que as escolas fossem sítios onde as crianças pudessem sonhar e pudessem passar esses sonhos para o papel, para a dança, para a música, e, de certa forma, assim torná-los realidade.
Amanhã levarão com uma dose dupla de música de intervenção a ver se os sonhos começam a comandar a vida!
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