E o ano fica velho e vai ficando para trás, as memórias quase que já pertencem ao “ano passado”, um ano em cheio como todos os anos da minha vida, embora uns mais decisivos do que outros.
Um ano de fitas de finalistas e do encerrar de mais uma
fase. Um ano cheio de amor, amor que recebi e amor que dei de olhos fechados,
amor incondicional por quem partiu e já não volta, por quem partiu e eu corri
atrás.
Foi este ano que me elevou o espírito por caminhos por mim desconhecidos
e acordou forças que estavam cá dentro
adormecidas prontas para sair fazendo-me perceber que trago cá dentro mais do que aquilo
que pensava.
O ano em que larguei
a mão daquela que me guiou na minha pequenez e me fez percorrer um novo caminho
sozinha, um ano em que encontrei serenidade e paz interior mesmo quando tudo à
minha volta entrava em erupção. Um ano que chorei e ri ao mesmo tempo ao partilhar
memórias.
Foi este o ano em que descobri que é impossível empacotar
três anos de vida em doze caixotes e disse adeus à casa que me viu chegar a um
mundo novo aos 17 anos. O ano em que disse olá a novos colegas de casa, e aprendi a
apreciar a companhia de um cão.
Sorri mais do que
chorei, deixei entrar pessoas novas no meu coração e não deixei sair algumas.
Disse mais “olás” e menos “adeus”, disse “adeus” que foram “olás” e aprendi que
é importante dizer que não, mas se dissermos “sim” mais vezes, coisas
surpreendentes podem acontecer!
Descobri a felicidade num balde de pipocas e dentro de uma
bola de Natal à meia-noite no Rossio, a mesma felicidade numas meias quentinhas
depois de uma caminhada à chuva! E descobri que afinal sempre chegamos ao sítio
onde nos esperam, mesmo que seja de uma outra forma, com outros sentimentos.
Apercebi-me que se expandirmos o amor que temos, receberemos mais amor, se
dermos abraços recebemos abraços e se sorrirmos mais as pessoas que passam
parecem muito mais felizes.
Aprendi a não deixar para trás aquilo que quero fazer e parti
sozinha para novas descobertas, num concerto, exposição, numa tarde ao sol,mas no meio de tudo isto percebi que a maior das felicidades é aquela que é partilhada!
Descobri a felicidade que há dentro de um doce de abobora, a
felicidade de um abraço pequenino que nos espera, a felicidade de fazer a
diferença na vida de alguém que ainda está a crescer e não sabe o que é o
mundo.
Espero que o próximo ano vos surpreenda, que dancem à
chuva e saltem nas poças de água que vão encontrando no caminho, que desenhem
muito ou criem qualquer coisa a que possam chamar de vossa, que beijem alguém
que vos ache bonita e que caiam num abraço sem fim, que lutem por um amor que
achem impossível, e que dêem sempre aquilo que querem receber. Oiçam boa
música, mas cantem funky e pimba se isso vos alegrar, inventem músicas que só
vocês conhecem com letras que não fazem sentido, dancem como se ninguém vos estivesse a ver. Criem projectos que nunca pensaram ser
possíveis, falem com o desconhecido do autocarro ou com a senhora da porta em
frente que se sento só.
E surpreendam-se a vocês mesmos neste novo ano, porque a
vida são dos dias!
Obrigada a todos os que fizeram do meu 2012 um ano tão bom!
Olá!
ResponderEliminargostei de conhecer o teu espaço! Bom ano para ti!Gostaria de te convidar a visitares também a “minha casa”. Espero que te sintas lá tão confortável quanto eu me senti na tua! ;)
Votos de muitos sucessos.
beijinho
http://cottoncandy-peaches.blogspot.com/
obrigada,
ResponderEliminarFeliz ano para ti!
vou passar por lá e aposto que também será muito acolhedora!
beijinho*