Elas são como um furacão. Chegam e invadem Lisboa, trazem o sol e a chuva e as malas carregadas de ligações à terra.
Invadem a minha casa, a minha cama e o meu coração.
Chegam, fazem-se notar e deixam rasto em forma de arroz de verduras e soupa a arrefecer em cima do balcão.
São elas as melhores amigas que posso ter, sempre prontas a dar e a tirar a corda e a passar uma manhã na lavandaria a lavar roupa. A descobrir Lisboa a pé.
Chegam, impõem a ordem e metem os meus pés no chão.
E depois vão, e eu, por entre a saudade, restabeleço o meu equilíbrio.
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