Abril da renovação e cor que traz a Primavera. Novos sorrisos, novas cores.E um mundo para percorrer sozinha...
Abril das águas mil que escorrem pela minha cara. São saudades,a negação de crescer e o querer ficar eternamente nas férias da Páscoa...
Abril da Revolução sozinha à meia noite na ocupação ao Carmo, juntei-me ao coro que entoava canções de intervenção e alguém que gritava poemas que falam de liberdade.
Abril de uma viagem interior que me acompanhou numa física até às Serras de São Macário e me levou através de um caminho árduo e sob chuva até uma aldeia "perdida" no meio dos montes onde me reencontrei e alinhei os meus sonhos, tão grandes como aquelas montanhas.
Arrastei comigo pessoas que, por mim, partilharam também do sonho e me guiaram até ao meu objetivo: Uma aldeia afastada do mundo, sem luz, onde o nosso teto são as estrelas e o som da água acalma o coração.
Ali percebemos o que é realmente importante e esvaziamos a alma das futilidades do dia-a-dia.
Drave que parecia distante, agora ali mesmo. O tempo parou e os dias foram anos.
A aldeia que me deixou serena e testemunhou o início de mais um caminho...
Onde me senti segura e com um sentimento de pertença e união com todos aqueles que ali foram, ajudando a reconstruir. Todos aqueles que deixaram um pouco de si e levando um pouco da magia daquele sítio para as suas casas. Drave é assim, é um conjunto de bocadinhos de quem por lá passou.
Drave que me encheu o olhar e o coração e deixou a vontade de fazer e ser sempre mais e de entrar em força para mais um mês da minha vida.
A todos os que embarcaram comigo. Obrigada!
"Abril: Felicidade é voltar ao que realmente importa"
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